Já parou para pensar por que algumas campanhas de segurança transformam comportamentos enquanto outras acabam esquecidas em murais empoeirados? Depois de 25 anos desenvolvendo comunicação corporativa, posso te garantir uma coisa: a diferença não está no orçamento, mas nos detalhes.
Vamos ser sinceros. Você já deve ter visto aquela campanha de segurança que ninguém leva a sério, certo? Aqueles cartazes genéricos com frases como “Segurança em primeiro lugar” que todo mundo olha, concorda com a cabeça e… continua fazendo exatamente o que fazia antes.
Como gestor de segurança, você sabe melhor do que ninguém: acidentes não são estatísticas abstratas. São pessoas reais, com famílias, sonhos e responsabilidades. E aqui está a verdade que poucos falam: uma comunicação de segurança mal executada não é apenas ineficaz – pode ser perigosa, criando uma falsa sensação de que “algo está sendo feito”.
Vamos mergulhar nos cinco erros mais comuns que observei em duas décadas trabalhando com empresas de todos os portes – e, mais importante, como você pode evitá-los a partir de amanhã.
Erro 1: Comunicação genérica e desconectada da realidade
Você já recebeu aquele material de segurança que parece ter sido feito para qualquer empresa, em qualquer lugar do mundo? Aquele com imagens de banco de imagens de pessoas sorridentes usando EPIs impecáveis em ambientes que não lembram em nada o seu local de trabalho?
Por que isso falha? Quando os colaboradores não se reconhecem nas mensagens, o cérebro automaticamente classifica aquela informação como “não relevante para mim”. É quase como se você estivesse falando sobre outro planeta.
A solução prática: Personalize suas mensagens para refletir a realidade específica da sua operação. Use exemplos reais, mencione equipamentos e situações que os colaboradores enfrentam diariamente. Melhor ainda: inclua fotos do próprio ambiente e, quando possível, dos próprios colaboradores (com autorização, claro). E se precisar de ajuda para fazer um banco de imagem profissional, chame a equipe da ComuniPro pelo WhatsApp que está disponível no Instagram e no site.
É possível reduzir significativamente os acidentes depois que passar a substituir cartazes genéricos por uma campanha utilizando fotos das próprias máquinas, equipamentos da fábrica e depoimentos de colaboradores veteranos. A mensagem precisa ser clara: “Isto não é teoria. É sobre nós.” Gostou da ideia? Então, corre lá no site da ComuniPro porque a campanha: “Segurança não é teoria. É sobre nós”, já está prontinha para você baixar e usar.
Erro 2: Foco exclusivo no medo e nas consequências negativas
“Não faça isso ou você vai se machucar!”
“Acidentes matam!”
“Negligência = Tragédia!”
Mensagens assim são comuns, mas você já parou para pensar no efeito psicológico delas?
Por que isso falha: O medo tem seu lugar na comunicação de segurança, mas quando usado exclusivamente, cria três problemas: dessensibilização (as pessoas se acostumam), distanciamento psicológico (“isso não aconteceria comigo”) e, pior, uma cultura de segurança baseada no medo em vez do comprometimento genuíno.
A solução prática: Equilibre mensagens de alerta com comunicação positiva que celebre comportamentos seguros e seus benefícios. Em vez de apenas mostrar o que pode dar errado, mostre como fazer certo e por quê.
Uma ótima sugestão é criar campanhas como: “Sons da Vida” que destacará momentos preciosos que dependem da audição – risadas de crianças, música favorita, conversas importantes. Dessa forma, o uso de protetores auriculares certamente irá aumentar. E o melhor de tudo é que você nem precisa ter o trabalho de criar, porque ela já está pronta para você adquirir, baixar e usar. Clique aqui, conheça e adquira a campanha “Sons da Vida”, para ter uma comunicação de segurança positiva, de impacto e de resultados.
Erro 3: Campanhas pontuais sem continuidade
Quantas vezes você já viu isso? Uma grande campanha de segurança é lançada com fanfarra, banners, até um evento de kickoff… e dois meses depois, ninguém mais fala no assunto.
Por que isso falha: Nosso cérebro precisa de repetição para consolidar novos hábitos. Estudos de neurociência mostram que precisamos de exposição consistente a uma mensagem por pelo menos 66 dias para que um novo comportamento se torne automático.
A solução prática: Pense nas campanhas como uma maratona, não uma corrida de 100 metros. Planeje ciclos de comunicação com temas centrais que se desdobram ao longo do tempo, com mensagens que evoluem, mas mantêm consistência.
Um exemplo pode ser a criação de ciclos de comunicação para reduzir acidentes com tombamento de caminhões dentro da mina. Como isso poderia ser feito? Uma forma seria transformar o que seria uma “semana de prevenção de tombamentos de caminhão” em um programa trimestral chamado “Cada rota importa”. A cada semana, um novo aspecto da prevenção e atitude segura deverá ser abordado, mantendo o tema vivo e relevante. E é claro que a ComuniPro já tem também uma solução pronta para te apoiar nessa maratona pela segurança. Para ter acesso é só clicar aqui!
Erro 4: Ignorar os multiplicadores internos
Muitas empresas gastam fortunas em materiais sofisticados, mas esquecem o recurso mais valioso que já possuem: pessoas influentes dentro da própria organização.
Por que isso falha: Quando a comunicação de segurança vem apenas “de cima para baixo” ou de fontes externas, perde-se a credibilidade que vem do exemplo dos pares. Estudos mostram que somos muito mais propensos a adotar comportamentos que vemos em pessoas com quem nos identificamos.
A solução prática: Identifique e envolva líderes informais – aquelas pessoas que naturalmente influenciam seus colegas, independentemente de cargo. Transforme-os em embaixadores de segurança, dando-lhes ferramentas e reconhecimento.
Implementar programas como “Guardiões da Segurança”, onde colaboradores respeitados de cada setor recebem treinamento especial e se tornam pontos de referência para dúvidas e boas práticas. O resultado? Certamente um aumento significativo em relatos preventivos de situações de risco e redução de acidentes leves.
Erro 5: Ausência de métricas e ajustes
“Lançamos a campanha, distribuímos os materiais, missão cumprida!” Parece familiar?
Por que isso falha: Sem medir resultados, você está essencialmente dirigindo com os olhos vendados. Campanhas que não são avaliadas não podem ser aprimoradas e, frequentemente, repetem os mesmos erros.
A solução prática: Defina métricas claras antes de lançar qualquer campanha. Vá além dos indicadores óbvios (número de acidentes) e inclua métricas de engajamento, compreensão e mudança comportamental.
Implemente ações como “termômetros de segurança” – breves pesquisas mensais com 5 perguntas sobre os temas das campanhas recentes. Os resultados permitirão ajustes rápidos na comunicação. Em áreas onde a compreensão estiver baixa, reforce com novos formatos ou abordagens. O resultado será uma redução consistente de em acidentes ao longo de um ano.
Transformando teoria em prática: por onde começar?
Se você se identificou com algum desses erros, não se preocupe – a maioria das empresas comete pelo menos três deles. O importante é dar o primeiro passo para transformar sua comunicação de segurança.
Comece com uma auditoria simples: pegue os últimos materiais de segurança que sua empresa produziu e faça estas perguntas:
1. Estes materiais refletem a realidade específica da nossa operação? 2. Estamos equilibrando alertas com mensagens positivas?
3. Temos um plano de continuidade para esta mensagem?
4. Identificamos e envolvemos multiplicadores internos?
5. Definimos como vamos medir o sucesso desta comunicação? Para cada “não”, você tem uma oportunidade de melhoria imediata.
E lembre-se: comunicação de segurança eficaz não precisa ser complexa ou cara. Precisa ser relevante, consistente e genuína. Às vezes, uma conversa honesta de cinco minutos com uma equipe, abordando um risco específico do dia, tem mais impacto que uma campanha genérica de milhares de reais.
Na ComuniPro, desenvolvemos campanhas que evitam esses cinco erros comuns, oferecendo soluções personalizáveis que refletem a realidade da sua operação. Mas independentemente de como você escolha prosseguir, espero que este artigo te ajude a olhar para sua comunicação de segurança com novos olhos.
Porque no final do dia, não estamos apenas falando de cartazes e treinamentos. Estamos falando de vidas que dependem da eficácia da nossa comunicação.
E você, já identificou algum desses erros na comunicação de segurança da sua empresa? Compartilhe sua experiência nos comentários – adoraria saber como você está lidando com esses desafios.
Este artigo foi escrito por Cléo Santos, especialista em comunicação corporativa com mais de 25 anos de experiência em desenvolvimento de campanhas de segurança para indústrias de alto risco.
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